- 15 Out 2020, 21:32
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A série americana “13 reasons why” conta a história de Hannah Baker, uma estudante com depressão que após sofrer várias agressões no ambiente escolar, grava fitas que justificavam os 13 porquês de seu suicídio. Nesse contexto, a depressão é uma doença que acomete os mais variados indivíduos dificultando suas relações em sociedade. Assim, cabe avaliar os fatores que favorecem essa problemática. Convém lembrar que, segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais é característica da “modernidade líquida”, de modo que tudo se tornou mutável e nocivo para os indivíduos que procuram construir relações sólidas. As pessoas que são acometidas pelo transtorno depressivo acabam por alterar sua vida cotidiana, tornando-se cada vez mais desmotivadas. Tal atitude induz uma baixa produtividade no âmbito social, em que evitam o contato com entes queridos e no ambiente de trabalho. A depressão uma vez considerada o mal do século é o princípio ou assim dizendo, a porta de entrada para os pensamentos e sentimentos, mais obscuros que o ser humano possui. Além disso, sabe-se que o descaso para com essa problemática, sequela nos depressivos o sentimento de não aceitação social, lapidando pensamentos de suicídio e inafetividade. Nesse contexto, a depressão está diretamente relacionada ao suicídio, e esta doença psicológica tem crescido de forma expressiva entre os jovens. Ainda segundo a OMS, até 2020 a depressão passará a ser a segunda maior causa da incapacidade e perda da qualidade de vida na população mundial. Diante dos argumentos supracitados, a integração de rodas de apoio nas escolas juntamente com um psicólogo a fim de conter o avanço da depressão deve tornar-se efetiva, uma vez que é a segunda maior causa da perda de qualidade de vida e incapacidade, dificultando as relações sociais. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar a problemática em questão, construindo uma sociedade mais fundamentada e bem relacionada, evitando a “modernidade liquida” citada por Zygmunt Bauman.