No cenário pandêmico de 2020 causado pela covid-19 diversas escolas suspenderam as atividades presenciais e continuaram a agenda pedagógica com o apoio de uma ferramenta da Terceira Revolução Industrial: a internet. De fato, o desenvolvimento tecnológico remete ao século XX e os benefícios dessa inovação na universalização do conhecimento. Entretanto , é evidente que o contexto de pandemia refletiu em diversos contrastes sociais do Brasil , dentre eles, o acesso ao ensino. Por isso é importante analisar os pontos positivos da Educação à Distância e os empecilhos para democratizá-la.
Em primeiro lugar, convém pontuar a eficácia do processo educativo na formação dos pequenos cidadãos. Segundo o pedagogo Paulo Freire , educar é essencial para a construção de pessoas críticas e comprometidas com o progresso. Nessa lógica, nota-se que o contato dos educandos com os conteúdos escolares reflete em uma contribuição ética para a melhoria da situação de vulnerabilidade nacional. Desse modo, é inegável que os alunos necessitam ser contemplados com os recursos digitais de ensino , pois , devido ao isolamento social, a comunicação escolar carece de procedimentos de ensino aprendizagem pautados na assistência aos estudantes e suas diversas realidades.
Ademais, é pertinente destacar os obstáculos os quais separam a comunidade estudantil das tecnologias da informação. Nesse sentido, a desigualdade social e econômica enraizada no país é expressa na baixa cobertura dos serviços de internet residencial e na dificuldade de lidar com os recursos eletrônicos, como revela uma pesquisa feita pelo site G1. Diante disso, sem o direcionamento de políticas públicas capazes de assegurar o direito constitucional da educação, os jovens brasileiros permanecem distantes da inclusão na sociedade informativa, o que favorece , essencialmente, a exclusão das camadas mais subalternizadas.
É urgente, portanto, a adoção de estratégias para o aprendizado da população infanto-juvenil. Para tanto, o Ministerio da Educação – órgão relevante do Estado brasileiro – deve desenvolver junto com as prefeituras e secretarias municipais e estaduais projetos de participação democrática que tornem a EAD mais acessível. Essa intervenção deve iniciar com o mapeamento do público coberto pela metodologia, na qual facilite a coleta e interpretação dos dados obtidos para que, assim ,sejam empreendidas medidas como impressão e distribuição de materiais educativos, transmissão de aulas via radio e capacitação tecnológica dos profissionais e alunos de modo a efetivar a importância do ato de aprender e ensinar. Se assim for feito, o Brasil poder-se-á contar com cidadãos fieis ao ideal de transformação defendido pelo patrono da educação brasileira Paulo Freire.st][/list][/list][/list][/list][/list]