Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito á alimentação adequada e ao bem-estar social. Conquanto, a questão da fome, no Brasil, impossibilita que uma parcela da população desfrute desse direito universal na prática. Nessa perspectiva, esse desafio deve ser superado de imediato, para que uma sociedade integrada seja alcançada.

Primeiramente, é perceptível o quanto a fome no Brasil, ainda hoje, atinge um número elevado de pessoas. Segundo o IBGE, mais de 7 milhões de pessoas convivem com a fome no Brasil. Sob tal ótica, percebe-se que essa questão é uma ocorrência decorrente de diversos problemas estruturais, sendo um dos principais a desigualdade social, oriunda da má distribuição de renda, que, basicamente, concentra boa parte da riqueza nacional nas mãos de uma pequena minoria privilegiada, enquanto boa parte da população permanece desassistida de recursos básicos, como a alimentação.

Além disso, as próprias causas naturais, como clima, desastres ambientais e inundações, são responsáveis por acentuar o problema da fome no país, principalmente nas regiões norte e nordeste, onde, segundo o PNAD, a fome foi constatada em 9,2% e em 9,3%, respectivamente. No entanto, as causas naturais, como a seca, por exemplo, não é o único responsável por este cenário, mas a falta de compromisso do Estado brasileiro com as pessoas que habitam essas regiões, fazendo com que milhares de pessoas sofram ainda mais com essa situação.

Em suma, nota-se a necessidade de medidas que revertam essa situação. Dessa forma, caberia ao governo a promoção de um crescente processo de inclusão social, por meio de políticas de promoção da segurança alimentar, além de reformular antigas iniciativas como o fome zero e o bolsa família, a fim de promover uma alimentação adequada a toda população que ainda sofre com esse problema. Dessa forma, o Brasil poderia, finalmente, superar a questão da fome.