O movimento feminista trouxe voz e direito para as mulheres. Entretanto, o patriarcado ainda é vivenciado na atualidade, o qual está relacionado, por exemplo, ao tabu de falar sobre sexo, principalmente, com garotas adolescentes. A ignorância desse assunto, reflete na sociedade, visto que centenas de milhares de meninas estão gerando filhos precoce. Tendo em vista a problemática, é preciso entender uma das causas e consequências, além de buscar medidas que amenizem este mal trazendo integridade à população.
A falta de informação sobre sexualidade aumentam os riscos de gravidez na adolescência. No filme "Preciosa", Claireece Preciosa Jones, é uma garota de 16 anos e está grávida pela segunda vez do seu próprio pai. Ela não possui formação acadêmica e sexual, o que a tornou alvo de abusos constantes durante sua vida inteira. Fora da ficção, é importante ressaltar que no Brasil, a educação sexual ainda não é uma matéria no currículo escolar, tornardo Clareece não apenas uma personagem fictícia, mas sim um retrato das mães precoces brasileiras.
No cenário atual, meninas evadem a escola para cuidar de crianças. Um estudo realizado pela Fundação Abrinq mostrou que menos de 20% das mães no Brasil não concluíram o Ensino Fundamental. Esse número aumenta para 30% quando é considerado que as jovens mães possuem menos de 19 anos de idade. Dentre as pesquisas, a situação é mais dramática ao comparar os dados nacionais com as regiões Norte e Nordeste, onde o percentual é 35%. O aumento da evasão escolar resulta em desigualdade social, moldando indivíduos alienados.
Diante o exposto, é nítido que a falta de informação leva a gravidez na adolescência, e como consequência a evasão escolar. Infere-se, portanto, que o Ministério da Educação e Saúde crie na grade curricular uma matéria na qual, desde crianças conheçam seu corpo, e entendam sobre sexo e métodos contraceptivos. Além disso, de imediato, é cabível que o Conselho Tutelar, através de um aplicativo desenvolvido pelo ministérios da tecnologia, verifique os adolescentes que estão fora da escola, incorporando-os novamente nesse ambiente, e como consequência trabalhos comunitários a quem não está estudando. É preciso destacar que o uso da mídia e conversas familiares também são de suma importância no combate contra a problemática, juntos somos mais fortes.