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Por francis
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descomplica.com.br escreveu:

“O caminho digital é sem volta.” A frase é de Paulo Coelho, escritor carioca mundialmente famoso, em uma entrevista à revista Época sobre a chegada do Kindle ao Brasil. De fato, a ascensão dos e-readers abriu portas para o desenvolvimento de novas tecnologias ligadas à leitura e, principalmente, para a preocupação com relação ao fim do livro impresso. Em um contexto de valorização, cada vez maior, de novas formas de ler e comercializar as obras, vale questionar se, diante de uma sociedade que sofre com a falta de concentração, é vantajoso adotar esses meios.

É necessário analisar, antes de tudo, o comportamento do indivíduo atingido pela digitalização da escrita. Na visão de Zygmunt Bauman, há, hoje, uma crise de atenção. A dificuldade de se concentrar, aliada à informação em grande escala, gera o que o sociólogo polonês chama de “fragmentos do conhecimento”, dificultando o aprendizado e, consequentemente, a dedicação a grandes leituras. Nesse sentido, é difícil garantir que um pequeno aparelho com mais de duas mil obras seja interessante para qualquer pessoa que não consiga terminar um livro.

Ainda assim, é indispensável destacar as vantagens da adoção dessas novas ferramentas. Além da alta capacidade de armazenamento e do acesso facilitado em qualquer hora e lugar, o preço dos textos digitalizados é muito mais baixo, uma vez que que o processo de produção também é mais barato. Há livros físicos que chegam a custar três vezes o valor da sua versão virtual, o que justifica a dificuldade de manter um hábito de leitura na nossa sociedade. No mesmo caminho, a concorrência cada vez maior nesse mercado tem permitido a redução do preço dos aparelhos de leitura digital, facilitando ainda mais a compra, a venda e, é claro, a fidelização do leitor.

Torna-se evidente, portanto, que, apesar das muitas vantagens na digitalização da escrita, há obstáculos que precisam ser resolvidos, a fim de aproveitá-las plenamente. Em primeiro lugar, a escola, crucial na iniciação do aluno na leitura, pode trabalhar a inserção desses textos em sala, com a possibilidade de utilizar vídeos, imagens e até a internet. Deve, também, trazer psicólogos, por exemplo, que falem sobre a procrastinação e suas consequências. A mídia, por sua vez, pode tratar o problema em novelas, debates e até propagandas, tentando mostrar aos indivíduos a necessidade cada vez maior de tratar a concentração. Só assim, resolvendo o problema na sua raiz, o homem e a leitura chegarão a um caminho comum, sem ninguém olhar para trás.

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