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Por francis
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descomplica.com.br escreveu:
Não apenas as dores do parto

Dentre os graves problemas que assolam hoje a sociedade brasileira, é de se destacar a situação da mulher durante a gravidez. Época naturalmente turbulenta e sensível em suas vidas, tanto por questões de ordem biológica quanto de psicológicas, mas que costumava ser sinônimo de alegria, é vivenciada hoje como um drama para muitas brasileiras e suas famílias. As circunstâncias sociais que fazem parte dessa fase e o tratamento dispensado às gestantes exigem respostas eficazes por parte da sociedade e do poder público.

Em primeiro lugar, é preciso discutir a questão das gestações indesejadas em nosso país. Muitos apontam que isso seria um reflexo da falta de planejamento familiar e de informação, sobretudo nas camadas populares, nas quais o acesso à informação é mais frágil, particularmente na adolescência. Não é incomum que esses quadros gerem uma série de conflitos pessoais, seja de ordem financeira, seja emocional, aumentando, assim, a taxa de abandono de recém-nascidos e de abortos clandestinos e colocando em risco muitas vidas. É evidente que se trata de um problema de saúde pública.

Outro fator importante a ser analisado é a qualidade dos serviços de saúde destinados a atender as gestantes, tanto no âmbito público quanto no privado. Um dos pontos mais levantados recentemente sobre o sistema diz respeito à violência obstétrica. Práticas feitas durante o parto prejudicam sua boa evolução, aumentando o risco de sequelas graves ou morte para mãe e bebê e que atinge uma em cada quatro mulheres no Brasil, de acordo com a pesquisa Mulheres Brasileiras e Gênero nos Espaços Público e Privado, divulgada em 2010. Como fica claro no título da apuração da Fundação Perseu Abramo, esse cenário não se limita à rede pública, sendo, portanto e infelizmente, um problema “democrático” em sua abrangência.

Sendo assim, não é inapropriado concluir que os dramas enfrentados no Brasil pelas grávidas não se reduzem às dores do parto. É preciso tomar atitudes buscando permitir que essa fase seja tão bem vivida quanto deveria ser. Por essa razão, é preciso que o Ministério da Saúde, em parceria com escolas, invista em campanhas de planejamento familiar, tendo como alvo a população carente e os adolescentes. É relevante, por fim, um maior controle por parte dos órgãos responsáveis, punindo os profissionais e hospitais que ajam de forma antiética, prejudicando a integridade da mulher e do recém-nascido, desde a fase pré-natal até o nascimento. Resguardando os direitos das gestantes, estaremos lutando pelo futuro de nosso país.

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