Na obra literária ‘’É assim que acaba’’ da autora Colleen Hoover, é apresentado o personagem Atlas, um garoto que foi abandonado pelos pais e reside nas ruas e em casas abandonadas e sobrevive de doações dadas à ele por Lily, a protagonista. De maneira análoga, no Brasil atualmente milhares de pessoas se encontram em situações semelhantes, sem ter uma moradia fixa, suprimentos básicos de higiene e alimentação e até mesmo roupas com que se agasalhar.
Como um dos fundamentos para o problema é possível citar o aumento do desemprego no país, que resulta em indivíduos com problemas financeiros e que não tem como pagar por um local para morar. Em concordância com uma apuração feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) o Brasil possuía em 2020 um número aproximado de 221 mil pessoas em situação de rua.
Como conseguinte à isso há um acréscimo na taxa de criminalidade do país, visto que a população vulnerável não encontra maneiras legais de sustento e acaba por ceder ao roubo e ao tráfico de drogas ilícitas, esse contexto é ainda mais frequente em locais afetados pela extrema pobreza e desigualdade social como periferias e favelas, onde se apresenta uma maior violação dos direitos básicos da população. As maiores vítimas dessa conjuntura são as comunidades mais assoladas pelo preconceito, tal como os negros e pessoas LGBTQIA+.
Desse modo, faz-se necessário que o governo em conjunto com as autoridades e os estados tomem providências para solucionar as adversidades enfrentadas, como a construção de casas de abrigo para moradores de rua, campanhas solidárias de doações de alimentos e outros, e promova a conscientização da sociedade, visando assim conseguir o máximo de amparo possível para aqueles que com nada podem contar.