O sistema de educação a distância no Brasil é utilizado desde 1999 com alternativa de ensino flexível em universidades e faculdades de todo o país e tem alto nível de eficácia quando bem organizada e executada. Entretanto, no ano de 2020, essa modalidade de ensino foi má desenvolvida pelo ministério de educação e implantada sem qualquer tipo de planejamento prévio ou avaliação das condições socioeconômicas dos alunos.
Segundo o IPEA, 6 milhões de alunos brasileiros não possuem acesso a internet, sendo 5,8 milhões são alunos de escolas de escolas públicas e grande parte são negros e índios. Segundo o estudo, os alunos da educação infantil foram os mais afetados com 4,35 milhões de alunos sem acesso a rede.
Neste cenário, a qualidade ensino, que inicialmente já era precária, torna-se pior já que não recebem conhecimento suficiente para formar uma base educacional forte, resultando em dificuldades de aprendizado nos anos posteriores.
O sistema utilizado para com os alunos do ensino médio também é desfavorável, já que a maior parte não conseguem absorver os conteúdos apresentados pelos professores, também não recebem qualquer auxilio extra para estudar para os exames de admissão de universidades.
deste modo, é possível perceber que em um país com grande desigualdade social, os desafios da educação a distância durante a quarentena são muitos, porém é possível encontrar soluções viáveis para tais problemas como a distribuição de aparelhos e chips com acesso a internet, criação de um cronograma adaptado as necessidades de cada aluno para se prepararem para provas de admissão e uma parceria do ministério de educação com sites e a imprensa para montar uma plataforma que consiga suprir e complementar os conteúdos explicados em sala de aula, para que o ensino não seja afetado diante do momento delicado que a sociedade enfrenta.