"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". De maneira analóga ao trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade, pode-se fazer uma relação metafórica entre a "pedra no caminho" e o perigo da crise hídrica no Brasil, já que a escassez da água vem se tornando um m problema para todos os brasileiros. Sob esse viés, pode-se afirmar que o descaso governamental e o pensamento individualista contribuem para a perpetuação desse cenário negativo.
Nesse espectro, é fulcral ressaltar a negligência governamental da problemática supracitada, visto que pouco se vê campanhas e projetos a fim de preservar o nosso bem tão precioso: a água. Além disso, falta-se fiscalização nas grandes empresas, indústrias e nos campos para que aja um controle de consumo, sabendo que esses representam cerca de 80% de todo o consumo de água no Brasil.
Outrossim, é lícito posturar o pensamento egocêntrico como agravante desse revés. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade é ausente de alteridade e empatia. Ao observar, entretanto, grande parcela da população pratica o consumo desregulado e excessivo da água, junto com o descaso em economiza-la e reutiliza-la para outros fins. Logo, conclui-se, que o pensamento de Bauman está coerente com os dias atuais, que consequentemente, se a sociedade não mudar seu posicionamento, irão arcar com medidas como o rodízio hídrico nos municípios.
Nota-se então, a necessidade de tomar algumas atitudes para atenuar este problema. Sendo assim, o Governo Federal, em específico o Poder Judiciário deve fiscalizar o consumo de água excessivo em indústrias e campos, por meio de visitas no qual será analisado todo o processo dela com o fito de verificar se o uso está desregulado. Ademais, a sociedade deve se conscientizar sobre o perigo e a partir disso começar a economizar e a reutilizar a água para que não aja uma grave escassez futuramente.