Com a disseminação mundial do covid-19, vários países passaram a declarar estado de emergência, e atividades do cotidiano tiveram que ser paralisadas, sendo uma delas a educação. Muitas escolas viram no ensino remoto uma possível solução para o presencial, evitando aglomerações em sala e a transmissão da doença, entretanto houve uma exposição a vários entraves do ensino brasileiro, causando baixa frequência e abandono dos alunos às aulas.
Um dos problemas enfrentados no ensino remoto é a ausência de acessibilidade dos alunos a ferramentas digitais que permitam o acompanhamento dos assuntos passados em aulas, causando dificuldade no aprendizado e o conhecimento seja algo privilegiado apenas para parte da população brasileira. Outro problema é a falta de qualificação dos professores ao novo formato de ensino, como a dificuldade ao utilizar programas essenciais para a gravação e a montagem de aulas, e a interação por meio digital entre aluno e professor se torna mais enfraquecido, pois a maior parte dos estudantes utilizam Facebook, Instagram e WhatsApp, mas os educadores não se fazem presentes nessas redes sociais, tendo apenas uma conexão entre eles na aula síncrona.
Ao unir esses obstáculos, os alunos, principalmente em situação de vulnerabilidade, se veem desencorajados a assistir aulas remotas. Assim, causando evasão nas escolas, a desigualdade social e educacional são expostas, dificuldade em se inserir no mercado de trabalho e uma baixa autoestima.
Tendo em em vista os aspectos observados, se faz necessário um aprimoramento na infraestrutura e no suporte para alunos e professores, por meio de programas sociais do governo, que disponibilizem acesso a aparelhos digitais com acesso a internet, e cursos para habituar os docentes ao ambiente digital. Pois a escola tem o dever de formar pessoas pensantes, e não apenas ajudar a atingir notas suficientes para passar de ano.