O "Dilema das redes", documentário lançado em 2020 pela Netflix, apresenta funcionários e acionistas de grandes companhias tecnológicas, como Instagram e Twitter, falando de todos os controles e ferramentas usados contra os usuários das redes. Diante disso, tem-se a certeza que há impasses éticos e morais quanto ao uso excessivo da inteligência artificial e, por isso, tal problema deve ser controlado. Dessa forma, dois aspectos fazem-se relevantes: a invasão de privacidade e a manipulação.
Em primeiro plano, é importante ressaltar que o uso da Inteligência Artificial (I. A.) ocasiona a invasão de privacidade. Tal fato vai de encontro à Constituição Federal, maior documento de hierarquia legal do país, pois ela garante o direito à privacidade em seu artigo 5°. Isso ocorre em diversos momentos do uso, tendo em vista que os sistemas operacionais estão analisando e guardando sempre os dados pessoais de cada usuário. Consequentemente, tanto as empresas quanto os usuários estão, cada vez mais, propícios a receber ataques cibernéticos.
Sob outra perspectiva, os usuários sofrem constantes manipulações. Isso pode ser visto nas aparições das propagandas, as quais estão normalmente presentes em algum canto das telas e seu conteúdo é de interesse da pessoa que está utilizando as redes, pois partem de alguma pesquisa feita anteriormente pelo usuário. Tais ocorrências corroboram com o conceito de "Ilusão da Contemporaneidade", do filósofo Jean Paul Sartre, o qual afirma que o cidadão acredita estar usufruindo de sua liberdade de escolha porém se trata de uma manobra para ampliação do consumo. Por conseguinte, os indivíduos possuem seus gostos mudados indiretamente e tornam-se mais consumistas.
Portanto, a Inteligência Artificial deve ser utilizada apenas para fins vantajosos à todos. Dessa maneira, cabe ao Poder Executivo - por ser o responsável por administrar interesses do povo - sancionar uma lei que controle o uso da I.A. mediante a criação e votação do Poder Legislativo, para que os usuários tenham suas liberdades respeitadas e as empresas forneçam os serviços necessários, apenas. Ademais, cabe às mídias sociais combater a manipulação por meio da proibição de propagandas excessivas. Sendo assim, a ética e a moral de todos será fornecida e os cidadãos terão seu espaço pessoal respeitado.