No filme "Eu, robô", o personagem do ator Will Smith tem um diálogo com uma inteligência artificial, no qual ele questiona se o robô conseguiria compor uma bela sinfonia, como um humano. A máquina então o rebate com outra pergunta: "E você consegue?". Nessa perspectiva, é válida a reflexão sobre em que aspectos humanos são substituíveis por inteligências artificiais, já que a humanidade em si não se mostra suficiente. Porém, o mal uso dessas tecnologias também se mostra fator de razoável preocupação.
De início, podemos destacar o receio popular de que máquinas logo estarão substituindo a maior parte - se não todos - os empregos hoje ocupados por homens. Tal preocupação se mostra válida quando se é possível observar a transição tecnológica no mercado de trabalho desde a Primeira Revolução Industrial.
Além disso, um impacto considerável gerado por conta da evolução da Inteligência artificial é a facilidade com que pessoas mal intencionadas cometam crimes como calúnia e difamação, ao espalhar vídeos ou fotos com o uso de ferramentas de edição que troca o rosto da pessoa inserida na imagem ou gravação pelo de outra. Atos como esse acabam degradando a reputação da vítima e espalhando desinformação para a população geral.
Portanto, cabe ao Ministério da Educação o estímulo na formação em áreas do conhecimento responsáveis por planejar e liderar tais desenvolvimentos tecnológicos. Esse incentivo se mostra uma solução adequada para resolver a possível escassez de empregos futura por conta da eficiência de inteligências artificiais. Não obstante, também é necessário a aprovação de uma lei específica para notícias falsas e regulação da internet, com o objetivo de evitar a proliferação de desinformações que podem ter consequências desastrosas. O futuro é automatizado.