Sob a perspectiva do físico alemão Albert Einsten, o espírito humano deve prevalecer sobre a tecnologia. No entanto, esse pensamento está distante da realidade brasileira, visto que as novas tecnologias no mercado de trabalho configuram um grave quadro capaz de desemprego. Desse modo, a fim de fazer valer a ideia de Einsten, é crucial não só analisar a industrialização, mas também a educação digital.

Diante do exposto, denuncia-se a industrialização como principal agravante do empobrecimento das famílias. A respeito disso, o filósofo Pierre Lévy afirma que toda nova tecnologia cria seus excluídos. Todavia, tal perspectiva vai de encontro ao quadro atual, uma vez que a máquina pública não promove medidas que, de fato, visem combater os impactos prejudiciais das inovações contemporâneas, como o remanejamento de profissionais afetados em suas áreas. Por conseguinte, esse grupo são alvo de discriminação. Dessa forma, é injusto que as autoridades não promovam políticas assistencialistas para com esses cidadãos.

Além disso, a carência de uma educação digital também agrava os efeitos das novas tecnologias. Nesse viés a Carta Magna de 1988 certifica de que é direito de toda a população o acesso á tecnologia. Entretanto, a Constituição não é cumprida, haja vista que tal garantia não é democrática para a mazela social, tendo em vista que o Estado não favoreça essa área de conhecimento. Logo, enquanto a desigualdade educacional se mantiver, difícil será minimizar os impactos.

Assim sendo, é fundamental suprimir os impactos das novas tecnologias no mercado de trabalho brasileiro na contemporaneidade. Desse modo, o Ministério do Trabalho deve fiscalizar os prejuízos adventos com a Indústria 4.0 - fase da Revolução Industrial que busca automatizar quaisquer áreas profissionais -. Tal ação será efetivada por meio de criação de novos empregos, a fim de uma reciclagem ocupacional e, assim, reduzir a taxa de 8% de desempregados - segundo o IBGE -. Em acréscimo, é crucial que o Ministério da Ciência e Tecnologia providencie uma regulamentação que visa combater o excesso das novas tecnologias acerca da desumanização das atividades cotidianas, mediante projetos de lei com a finalidade de não retardar a originalidade individual. Dessa forma será possível alcançar o que Einsten pregava.