Carlos Drummond de Andrade, em seu poema "No meio do caminho", retrata, de modo figurado, os obstáculos que o ser humano enfrenta em sua jornada. Analogamente, a pobreza extrema, é um contratempo para o Brasil, já que se pendura na realidade brasileira durante um grande período de tempo. Logo, faz-se urgente analisar essa problemática, cujas principais causas são de inexistência de políticas públicas e da má influência midiática.

A princípio, a inexistência de políticas públicas mais eficientes para atenuar os impasses na extrema pobreza sofrida, principalmente pela a classe baixa, desserve a Constituição Federal que a 32 anos pressagiava uma pátria com características de bem-estar social. Diante disso, o Estado não gerou instrumentos capazes para conter tal calamidade nacional, expondo os brasileiros as altas taxas de pessoas com fome, sem moradia e sem uma boa qualidade de saúde no corpo social, por conta da ausência de capital. Assim, consequentemente, o país encontra-se distinto daquele antes, idealizado na Carta Magna de 1988. Desse modo, o Brasil fica ainda mais longe desse padrão constitucional de nação.

Ademais, vale ressaltar que a má influência midiática é um grande problema à solução da questão. Segundo Pierre Bourdieu, o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertida em mecanismo de opressão. Diante de tal exposto, pode-se observar que a mídia, em vez de promover debates que elevem o nível de informação da população sobre o aprofundamento das desigualdades sociais e da má distribuição de renda, influencia na consolidação do impasse. Essa ação, portanto, evidencia um grave problema que impede o país de evoluir nesses aspectos.

Conclui-se, logo, que intervenções devem ser realizadas para solucionar essa questão. Nesse sentido, o Ministério da Economia, por meio de mídias publicitárias na televisão e nas redes sociais, deve apresentar conteúdos educativos sobre a realidade vivida por pessoas carentes em horários estratégicos ao longo do dia, com o intuito de alcançar um maior público para que a sociedade possa ter conhecimento acerca do assunto. Dessa forma, o infortúnio será intermediado.