Em 2007, com a criação do iPhone e a ascensão dos aplicativos na era moderna, houve um crescimento do uso do celular pela população brasileira no dia a dia. Além disso, segundo a Digital turbine, "20% dos brasileiros não ficam mais de 30 minutos longe do celular", isso se dá ao fato de que os smartphones tem a capacidade de fazer "tudo" em instantes. Sob essa ótica, torna-se visível que isso decorre do pressuposto de que o aparelho eletrônico é um item indispensável e da dinâmica funcional da sociedade atrelada a ausência institucional e, com isso, há o prejudicamento no combate a esse vício.

Diante disso, cabe analisar o reduzido debate a temática como um dificultador para o seu combate. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade volátil, pois as relações são temporárias e menos afetivas. Dessa maneira, constata-se que o uso dos celulares inibe a socialização entre pessoas, prendendo-as no mundo tecnológico através do algoritmo, que tem como função paralisar e substituir conexões pessoais, dificultando o combate ao vício tecnológico.

Ademais, sabe-se que as fundações tem papéis significativos no combate ao vício. De acordo com o Sociólogo Emile Durkheim, as instituições - igreja, família etc- precisam intervir no corpo social, visto que isso impede um estado anômico desse grupo. Sob esse viés, verifica-se a importância das instituições no combate ao uso descontrolado da ferramenta de comunicação, que caso não declare posição frente a essa problemática, o Brasil terá, cada vez mais, o número de usuários crescendo e, assim, agravando esse problema.

Fica evidente, portanto, que as instituições devem intervir regulando o uso para que não haja o excesso. Por isso, os Ministérios da Educação e Economia em conjunto com os veículos de comunicação, TVs e redes sociais, e escolas devem promover palestras, campanhas, dinâmicas com intuito de conscientizar jovens e crianças sobre o risco desse vício para que assim haja a diminuição da exposição às telas.