Diante disso, atribui-se culpa, primeiramente, as escolas. Tal delato é valido, pois não há uma matéria escolar que tutele os discentes acerca da temática. A fim de legitimar o pensamento, pode-se citar o jornalista Eduardo Galeano, em sua tese de que, para que se mude algo, a primeira condição é o conhecimento desse algo. Nessa lógica, observa-se o impasse acerca das instituições de ensino, as quais, majoritariamente, não estão capacitadas para o ensino sexual – abstendo-se de aderir à disciplina no currículo escolar, por exemplo -, tornando os alunos incultos sobre o assunto. Consequentemente, eles estarão mais propensos a cometerem erros graves devido à ignorância – não usar preservativos em relações sexuais –, podendo, até, acarretar numa gravidez precoce e indesejada da mulher, fomentando a evasão escolar. Assim, enfatizando a ideia de Galeano, é preciso instituir para resolver.
Ademais, o corpo civil também corrobora com o problema. Tal situação é sustentada pelos tabus que ela cria, concepções infundadas sobre determinado tópico – sendo, nesse caso, a discussão sobre temas que abordem a reprodução humana. Djamila Ribeiro, filósofa e escritora brasileira, defende que a informação deve ser priorizada. Entretanto, no que se refere às discussões sobre tal ponto – entre pais e filhos, especificamente –, isso não ocorre, derivado de como as pessoas tratam a questão, isto é, de modo receoso, considerando-o “indecente”, ou “coisa para adultos”. Como resultado, tal consideração potencializa a relutância dos cidadãos em conversar sobre isso com os jovens, deixando o papel para as mídias – como, por exemplo, a indústria pornográfica, que, geralmente, compactua com a cultura do estupro. Destarte, é essencial que a informação seja prioridade.
Portanto, a educação inócua e a população discriminante precisam ser combatidas. Para isso, cabe ao Ministério da Saúde, junto ao Ministério da Educação – órgãos responsáveis pelo bem-estar e formação do caráter nacional, respectivamente –, mediante verbas governamentais, criarem a campanha “Informação Sem Barreiras”, que se responsabilizará, por meio de uma mudança na Base Nacional Comum Curricular, pela implementação de uma disciplina que ensine aos estudantes sobre o relacionamento afetivo, além de instruir o corpo civil a falar abertamente, e sem medo, sobre tais pautas, com os jovens, para que se possa resolver este impasse. Assim sendo, caso tais propostas sejam, de fato, aplicadas, espera-se que, temporalmente, os estigmas relacionados à sexualidade diminuam consideravelmente.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: 187
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: 191
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: 182
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: 191
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: 187
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.