"Ensaio sobre a cegueira" retrata a invisibilização de certos problemas da sociedade. Na realidade brasileira, a crítica de Saramargo é verificada no uso do celular na sala de aula, que acaba por dispersar a atenção dos alunos e atrapalhar as aulas dos professores. Nesse contexto, percebe-se a consolidação de um grave problema, em virtude da sensação de superioridade e da lacuna social.
Nesse cenário, ao analisar por um prisma de sensação de superioridade, é possível entender melhor a problemática. Para Djamila Ribeiro, "o silêncio é cúmplice da violência". Tal silêncio está presente no escasso exercício da denúncia do uso do celular na sala de aula, visto que ao permitir o aluno portar o aparelho celular no local da escola, é possível que seja utilizado durante a aula. Assim, é preciso que o silêncio deixe de ser cúmplice da violência, e o exercício da denúncia seja ampliado.
Além disso, outro fato influenciador é a lacuna educacional. Segundo a instituição Ipsos Miri, o Brasil já foi Considerado o país mais alienado do mundo. De fato, a falta de conhecimento da população sobre o uso do celular na sala de aula assusta, visto que quando o professor acaba por escolher não conscientizar o estudante sobre o uso indeciso do "smartphone", ocorre a utilização do aparelho pelo aluno. Assim, é urgente que a informação sobre o tema seja popularizada.
Portanto, urge que o problema seja resolvido. Para isso, é preciso conscientizar os alunos sobre o uso do celular durante as aulas, não sendo permitido a entrada do aluno na sala com o celular em mãos, deixando-o com o professor responsável da aula. É preciso que hajam consequências com quem desrespeitar a regra, assim é possível que os estudantes entendam e obedeçam de modo mais rápido o que lhes foi dito, respeitando a instituição e os seus professores. Dessa forma, os direitos constitucionais poderão ser garantidos.