Dessa forma, em primeira análise, é evidente a postura inadequada da família na problemática. Sob esse viés, o psicólogo Lev Vygotsky explica que a pessoa é formada pelo meio em que está inserida. Nessa perspectiva, é notória a lacuna de referência na questão do suicídio dos jovens brasileiros, uma vez que a maior parte dos responsáveis pela criação dos indivíduos encontra-se ausente na juventude dos seus tutelados, o que gera adolescentes sem a preparação para enfrentarem as crises emocionais e, assim, aumenta a probabilidade de tirarem a própria vida. Logo, urge reverter esse quadro lastimável.
Em paralelo, o sentimento de incompatibilidade é um desafio presente nesse impasse .À vista disso, o sociólogo Zygmunt Bauman acredita que o ser humano está sempre buscando se encaixar nos padrões societários. Porém, é visível a irrepresentatividade de alguns jovens na situação do suicídio, visto que a grande parcela dos brasileiros não se sente pertencente às convenções sociais, o que corrobora o comportamento de isolamento nas atividades coletivas e eleva os casos de depressão .Destarte, representar a comunidade inteira é urgente.
Portanto, é indispensável intervir sobre esse imbróglio. Para isso, o Governo Federal deve investir em palestras, por meio do Ministério da Educação, a fim de ensinar aos pais o melhor método de ensino para a formação pessoal de seus filhos. Tais apresentações podem, ainda, contar com a participação de psicólogos para explicarem o tema. Paralelamente, os canais midiáticos precisam criar um documentário sobre jovens que se sentem desamparados socialmente no intuito de gerar uma identificação com o público. Dessa maneira, o Brasil poderá colocar em ação o princípio de Djamila Ribeiro e promover soluções para esse empecilho.