O século XXI é marcado pelo diagnóstico de inúmeras doenças mentais, além da descoberta e aprofundamento do conhecimento sobre estas, devido aos avanços das tecnologias médicas. Apesar do aumento do diagnóstico, o estigma ligado à elas faz com que os portadores de transtornos mentais sejam excluídos da sociedade e, de certa forma, punidos por serem diferentes.

  Podemos destacar, que antes do início da reforma psiquiátrica na década de 1970 no Brasil, aqueles considerados loucos não tinham direitos, os quais só foram assegurados em 2001 com a aprovação da lei 10.216, e viviam em ambientes insalubres. Os enfermeiros, que deveriam prestar o cuidado, na realidade exerciam um papel de carcereiros, mantendo a ordem dos incompreendidos por meio da força. Além dessa contenção, os casos mais complexos passavam por procedimentos médicos, como a lobotomia, a qual consistia em separar as ligações existentes entre os lobos cerebrais, deixando,assim, o paciente mais letárgico e incapaz de realizar atividades básicas.

  Atualmente, apesar do maior conhecimento, o preconceito para com essas pessoas permanece presente na sociedade, consequência de uma construção histórica ligada à crença de que os transtornos estariam ligados ao demônio, à loucura, levando a uma exclusão social. Desse modo, impacta diretamente na procura pelo diagnóstico e aceitação da condição, diminuindo a qualidade de vida e aumentando a probabilidade de cometer o suicídio.

  Conclui-se que é importante a parceria do Ministério da Saúde, responsável por promover ações e políticas públicas voltadas à saúde, com as prefeituras estaduais e municipais para o desenvolvimento de ações de conscientização da população sobre o tema e para a construção de Centros de Apoio Psicossocial(CAPS), a fim de apoiar o paciente com doença mental e a sua família.