Inicialmente, cabe ressaltar que a Constituição Federal de 1988 proíbe a crueldade contra animais. Todavia, esse plano teórico não se aplica na realidade, já que diversas ações violentas contra os animais são muito ocorrentes no Brasil, ameaçando esse direito assegurarado aos seres irracionais. Isto posto, tal fato é agravado devido a uma falha no papel do Estado e da falta de informação e conscientização da mídia. Dessa forma, medidas devem ser tomadas para mitigar estes imbróglios resultantes destas ações irresponsáveis.
Vale pontuar primeiramente, a frase do filosofo italiano Nicolau Maquiavel, a qual diz "mesmo as leis bem ordenadas são importantes diante dos costumes". Essa perspectiva aponta para uma questão sociólogica caracterizada pelo pensamento falho da sociedade de acreditar que a criação de leis em si pode resolver problemas complexos como os maus tratos de animais recorrentes no Brasil. Nessa lógica o Estado não fiscaliza o impasse com propriedade adequada afim de acabar, ou amenizar o agravamento na persistência do problema.
Ademais, o poema "canção de exílio" do poeta Gonçalves Dias exalta um país perfeito e que possui características que nenhum outro lugar tem. Fora da obra, a realidade do Brasil é extremamente diferente da discorrida pelo poeta, uma vez que a mídia brasileira não dá espaço para relatar maus tratos ocorridos no dia a dia, além de não conscientizar a população, o que impede o país de resolver a adversidade.
Conclui-se, portanto, que intervenções devem ser tomadas para solucionar essa questão. Nesse sentido, o poder executivo, por meio de mídias publicitárias na televisão e nas redes sociais, deve apresentar conteúdos educativos sobre a importância da denúncia de maus tratos contra animais, em horários estratégicos ao longo do dia, com o fito de alcançar um maior público para que as pessoas possam ter conhecimento acerca do assunto e saibam discernir seus deveres e os direitos dos animais assegurados na constituição. Dessa forma, o problema será intermediado.