“Lutar pela igualdade sem que as diferenças nos discriminem. Lutar pela diferença sem que a igualdade nos descaracterize”, (Boaventura de Souza Santos). Segundo Boaventura, a nossa sociedade ainda está a mercê desse conflito, onde o homem muitas vezes se sobressai ao feminino fazendo com que gere a indignação e repulsa social. Nesse hiato, vemos que a mulher sofre maior desigualdade em meio sociedade por ser considerada um gênero frágil. Além disso, as injustiças no mercado de trabalho são evidências desse protesto, que a muito tempo vem acontecendo. Logo, as mulheres mesmo que tenham os mesmos direitos que os homens, não são equiparados a eles em nenhum segmento no trabalho, nos serviços domésticos, no salário e sofrem violências físicas por seus “companheiros”.
Segundo dados da Phportal (portal de Recursos Humanos), as mulheres ganham o equivalente a 61% do salário dos homens, ficando com 39% de diferença salarial. Além disso, de acordo com os dados de 2019 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de participação feminina na força de trabalho era de 54,5%, enquanto a masculina era de 73,7%. Ademais, mesmo mostrando a evolução da mulher no mercado de trabalho, a desvalorização dela ainda é exorbitante. Nesse sentido, ainda vemos que são poucas as mulheres que conseguem uma alta gestão em empresas, fazendo com que seu trabalho seja desvalorizado.
Outrossim, vemos mulheres a frente dos serviços domésticos cumprindo várias horas de trabalhos extensos, além disso, muitas delas sofrem violências tanto física como sexual em seus próprios lares. Segundo o FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) destaca que os casos de feminicídio cresceram 22,2%,entre março e abril de 2020. Todavia, mesmo a igualdade de gênero tenha aumentado, ainda se torna falho na equidade política. Isso mostra que são as mulheres que tem representatividade em meio politico.
Em suma, é extremamente claro a posição sobre as atitudes que devem ser tomadas na política, na economia e nos direitos entres os dois gêneros. Visto que, as formas de comunicação são as que devem ser mais usadas para expor essas situações e divulgar as informações sobre as injustiças para com a mulher, impedindo a circulação de propagadas que objetifiquem a mulher a fim de que a sociedade brasileira tenha consciência desse estigma da herança patriarcal . As famílias, os Institutos e escolas são os meios mais convencionais para a propagação para crianças através de palestras, atividades lúdicas e diálogos para fornecer esse conhecimento para combater esse preconceito, visto que dando uma educação de qualidade pode ser a solução para reverter esse quadro de disparates entre o homem e mulher.