Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, no qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, o que se observa na realidade contemporânea é o oposto do que o autor prega, uma vez que o preconceito linguístico nacional apresenta barreiras, as quais dificultam a concretização dos planos de More. Nesse sentido, diante de uma realidade instável e temerária que mescla conflitos nas esferas sociais e educacionais, analisar seriamente as raízes e os frutos dessa problemática é medida que se faz imediata. Diante disso, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno funcionamento da sociedade.
Precipuamente, é fulcral pontuar que a dificuldade de socialização desses indivíduos deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne à criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem-estar da população, entretanto, isso não ocorre no Brasil. Devido à falta de atuação das autoridades, a crise da socialização em decorrência do falar dessas pessoas, acabam afetando sua autoestima. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal urgentemente.
Ademais, é imperativo ressaltar o estigma acerca desse grupo social como promotor do problema. Partindo desse pressuposto, fica cada vez mais evidente a degradação da pátria. Tudo isso retarda a resolução do empecilho, já que a aversão a esse grupo afetado contribui para a perpetuação desse quadro deletério.
Assim, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática na sociedade brasileira. Dessarte, com o intuito de mitigar o preconceito linguístico na nação, necessita-se, urgentemente, que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do Ministério da Educação e Cultura, será revertido em fiscalização dos meios digitais, através da contratação de profissionais capacitados para garantir o combate a desinformação, garantindo os direitos constitucionais, conforme a lei. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto nocivo do preconceito linguístico, e a coletividade alcançara a Utopia de More.