Mundialmente, o Brasil é considerado um país miscigenado e de cultura ampla. Devido a isso, não é raro encontrar, dentro da sociedade brasileira, diversas manifestações artísticas, de expressão e, também, linguísticas. As variantes faladas no Nordeste, por exemplo, divergem das faladas no Sul, contribuindo para a riqueza de um idioma. No entanto, há resistência de parte da população em aceitá-las, refletida na criação de um estereótipo de nordestino analfabeto ou inferior, cuja fala é considerada errada e, por isso, é tido como incapaz. Esse tipo de preconceito acaba constrangendo e excluindo regionalmente populações inteiras, alimentando uma intolerância que beira a xenofobia e contrariando, assim, o Artigo 3 da Constituição de 1988, que garante liberdade de todos, independentemente de raça, cor, etnia, gênero, religião e região.
Ademais, a estereotipação que produz o preconceito linguístico se estende a quem possui baixa escolaridade. A crise educacional brasileira não é mistério, por isso há indivíduos que têm dificuldade de acesso às escolas. Essa deficiência educacional é utilizada muitas vezes por outros cidadãos e pela mídia para criar um imaginário de fala errada e fala de quem é pobre. A exemplo, a personagem Adelaide, do programa humorístico Zorra Total, é tratada comicamente como uma negra, de aparência grotesca e que fala tudo de forma errada com relação à norma padrão. Questões assim são uma arma de segregação porque facilitam a assimilação populacional de indivíduos na mesma condição que Adelaide são inferiores e devem se envergonhar da forma como falam apenas por ser uma maneira pouco convencional dentro do padrão aceito.
Logo, para evitar maiores danos à liberdade de fala dos brasileiros, medidas precisam ser tomadas. O Ministério da Educação deve, por meio de prévia modificação dos conteúdos escolares nacionais, incentivar o debate direcionado acerca das variantes linguísticas nas aulas administradas por professores de português a fim de garantir que o caráter cômico de falas tidas como diferentes seja desconstruído na mente dos alunos. Além disso, o Poder Legislativo deve, através da votação de uma Lei no Congresso Nacional, proibir a veiculação de programas humorísticos que tratam com preconceito figuras nacionais estereotipadas, com o objetivo de extinguir o preconceito linguístico propagado em rede nacional.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada