A música está ligada a história da humanidade a décadas. Segundo a lenda mitológica de Aíron, acreditasse que os primeiros músicos da Grécia tinham descendidos de Apolo e de suas deusas, logo a mesma era considerada algo divino. Porém por volta do século XIX, houve a ascensão do capitalismo mundial, oque fez o propósito da música mudasse de figura. Hoje, esta é controlada pela cultura em massa, colocando assim a 1° arte no epicentro do capitalismo. Em meio a isso apesar do âmbito financeiro ser prevalente, é inegável que ainda se encontre resquícios da arte musical transcendendo problemáticas e manifestações frente as questões importantes da sociedade, a qual não está apenas fazendo parte de uma bolha lucrativa, mas sim usando a arte em forma de protesto.

De fato não há como negar que a música é algo presente nas nossas vidas. Basta acessar redes como Spotify ou YouTube para ver a quantidade de assinantes, para notarmos o quão imersos estamos no mundo musical. Mas apesar de não visível para os ouvintes, grandes canais como estes, são movidos a quantidade de inscritos. O problema surge quando ocorre a comercialização da cultura, a qual transforma a música em um empreendimento, fazendo assim com que os indivíduos se tornem meros consumidores de bens culturais, e com gostos impostos a partir de um estilo de consumo. Dessa forma pode-se afirmar que a teoria de Teodor Adorno e Max Hokheimar condizente que a produção artística, pois está obedece uma logística capitalista, e dessa maneira a formação de indivíduos acríticos diante a isso.

Ademais é visto a existência de insurgência em algumas músicas, as quais não necessariamente trazem em suas letras alguma problemática social. Entretanto é eminente dizer que não há restrições muitos precisas para determinadas melodias. Pois em um mundo onde todos os dias lutamos contra qualquer tipo de abuso contra as mulheres, surgiu em paralelo o hit do cantor “Mc Diguinho”, que em 2018 colecionou 14 milhões de visualizações no YouTube com sua música de apologia ao estupro, a mesma foi descrita como “sucesso do carnaval”, e ficou meses na mídia até ser retirada das redes. Este tipo de canção descaracteriza o propósito inicial titulado a música, além de ser vista como algo não banal, apesar de sua letra dizer o contrário. Em contrapartida, é possível notar a extração e questão importantes em determinadas melodias, como com Elza Soares e a represtavidade das mulheres ou de Pablo Vittar e Lia Clark quebrando preconceitos com sua militância.

Com isso, Concluísse que é possível tirar proveito da arte musical, sobretudo de uma imposição colocada sobre nós. Primeiramente e ideal começar a ver a arte como manifestações estéticas e não como um produto. Para isso tais assuntos devem ser discutidos livremente em salas de aula com professores como de filosofia, sociologia ou de história, questionando como a música do século XIX teve influência sobre as massas até os dias de hoje, isso via aulas mais lúdicas e interativas, que visem o entendimento de como da cidadão é influenciado e como pode extrair disso novas contribuição para a sociedade, isto para quando novos hits surgirem, os mesmos não estarem a mercê de toda essa indústria financeira, Fazendo então com que o legado do mito de Aíron não caia em esquecimento.