Nessa perspectiva, é importante analisar que as dificuldades relativas à importância do papel da educação inclusiva no desenvolvimento de crianças autistas no Brasil, tem lacunas na formação dos professores, que muita das vezes, não sabem como lidar com crianças autistas e garantir que os mesmos estejam aprendendo. Dessa forma, ainda que o acesso à educação e ao conhecimento seja assegurado pela Carta Magna, os problemas associados à necessidade de maior abrangência da educação inclusiva que ajude no desenvolvimento de crianças autistas ultrapassam a esfera financeira, haja vista que essas crianças ficam com seu desenvolvimento intelectual retardado, além da exclusão social em que são submetidos, o que torna o processo delicado e carecido de atenção para que consiga ser superado. Sob tal óptica, a realidade brasileira pode ser sintetizada pelo pensamento do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual afirma que a “violência simbólica” se expressa quando uma determinada parcela da população não usufrui dos mesmos direitos, fato semelhante à falta de conscientização no âmbito do papel da educação inclusiva para indivíduos com necessidade especiais relacionada aos imbróglios da ausência de profissionais especialistas e com preparo para cuidar do ensino dessas crianças no país.
Outrossim, é válido destacar a ausência de engajamento social como fator que corrobora ao tardio aprendizado dos portadores do espectroautista intrínseca à vagarosa participação na sociedade. Fica claro, pois, que a indiferença da sociedade diante da importância de assegurar a democratização de um sistema de ensino que esteja preparado para passar conhecimento para crianças autistas silencia a temática na conjuntura social, o que compromete a cidadania de muitos brasileiros, constatado que a vida acadêmica dos mesmos será prejudicada e, posteriormente, poderá afetar na qualificação para o mercado de trabalho. Sob esse viés, é lícito referenciar o pensamento do professor israelense Yuval Harari, o qual, na obra “21 Lições para o Século XXI”, afirma que grande parte dos indivíduos não é capaz de perceber os reais problemas do mundo, o que favorece a adoção de uma postura passiva e apática.
Torna-se imperativo, portanto, que cabe ao Ministério da Educação, como importante promotor do acesso à educação, facilitar o processo de qualificação para professores e profissionais da rede educacional no Brasil. Tal medida deve ser realizada a partir da criação do PQPECA (Programa de Qualificação no Ensino de Crianças Autistas), a fim de garantir a cidadania destes e diminuir a exclusão do desenvolvimento no âmbito educacional para autistas.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
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Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
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Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
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