No ano de 2020 O Dilema das Redes, documentário produzido pela Netflix, chocou o mundo inteiro ao expor um inimigo discreto e pernicioso. Esse terrível algoz, conhecido também como algorítmo, está infiltrado em nossos dispositivos eletrônicos nos observando, nos estudando e nos manipulando a trabalho de quem paga mais. Isso tudo seria um excelente tema para um filme distópico se não fosse uma realidade que precisa ser controlada imediatamente. Vejamos o por quê.
Em primeiro lugar é importante lembrar que no Brasil, por exemplo, mais de 65% das pessoas tem acesso a Internet, segundo o IBGE. Com isso, toda vez que estamos online nossas interesses são organizados, através dos algoritmos, e distribuídos para empresas e corporações que se beneficiam desses dados nos oferecendo tudo aquilo que direta e indiretamente desejamos, por meio de propagandas e anúncios na Web. Porém, embora isso pareça moderno e positivo, na verdade filtra as nossas opções nos dando a falsa sensação de liberdade, pois somos induzidos sublinarmente a consumir o que nos e oferecido através do tráfego pago.
Entretanto, se quem tem dinheiro nos "domina", o cuidado para que essa exposição demasiada não caia em interesses errados deve ser redobrado. Um exemplo interessante da problemática é o caso do Facebook, investigado por compartilhar informações de seus usuários para candidatos políticos nas eleições americanas, mencionado no documentário supracitado no texto.
Em suma, os direitos de liberdade de escolha e privacidade devem ser garantidos acima de tudo pelos nossos líderes nacionais, que devem controlar o compartilhamento de dados através da criação de uma comissão específica que fiscalize a desobediência desses limites com embasamento em leis e punições para combater o inimigo digital e suas armadilhas ardilosas.