Em sua obra, " O cidadão de papel'', o escritor brasileiro Gilberto Dimenstein disserta que,embora o país apresente um conjunto de leis bastante consistente, elas se atêm, de forma geral, ao plano teórico. Diante disso, a conjuntura dessa análise configura-se no Brasil atual, haja visto que, embora seja um direito constitucionalmente garantido, a saúde mental não se encontra efetiva. Esse cenário nefasto não ocorre apenas em razão do preconceito, mas também devido à banalização dos transtornos mentais.

Em primeiro plano, segundo o físico Albert Einstein, '' É mais fácil desintegrar um átomo do que o preconceito''. Além disso, conforme o artigo 196 da carta magna é assegurado o direito a segurança para todos. Entretanto, é notório que o preconceito com pessoas que apresentam algum problema de natureza psíquica, está presente no cenário atual. Desse modo, é indubitável que a conduta preconceituosa é um problema que agrava o impasse.

Em segundo plano, de acordo com o filósofo Zygmunt Bauman, vivemos numa sociedade na qual, é marcada pela ''liquidez'' das relações. Nesse espectro, fica claro que as relações são instáveis, assim como esse fato colaborou para que num mundo que vive as aparências na era digital, banaliza-se cada vez mais os transtornos mentais, pois manifestar um estado diferente da felicidade midiática é ''frescura'' conforme a opinião popular. Dessa forma, é inquestionável uma realidade onde as aparências tornou-se foco em detrimento da saúde mental.

Infere-se, portanto, medidas exequíveis são necessárias para conter o avanço da problemática. À vista disso, é de incumbência do MInistério da Saúde, orgão responsável por políticas da saúde, e do MInistério da Educação através de diretrizes educacionais e da saúde, a implementação de campanhas informacionais sobre a importância da saúde mental, aulas com eixo temático contra o preconceito e consultas com psicólogos nas escolas. Nesse sentido, tem-se o fito de combater o preconceito. valorizar a saúde da população e minimizar possíveis transtornos como a depressão. em virtude de gerar uma sociedade justa e igualitária.