"O cidadão invisível" trata da desvalorização de alguns indivíduos na sociedade brasileira. De fato, a crítica de Dimenstein é verificada no estigma associado às doenças mentais, onde é julgada como frescura pela população. Nesse sentido, observa-se um delicado impasse, que tem como causa o silenciamento e a negligência governamental.
Dessa forma, em primeira análise, a falta de debate é um desafio presente no problema. Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Porém, doença mental é um ponto pouco discutido e divulgado em mídias sociais, gerando desinformação do público e consequentemente, o estigmatizando. Assim, urge tirar essa situação da invisibilidade para atuar sobre ela, como defende a pensadora.
Em paralelo, a negligência governamental é um entrave no que tange ao problema. Dessa maneira há uma carência de investimentos nos tratamentos às essas doenças, por conseguinte, pessoas portadoras dos transtornos e principalmente aquelas com baixa renda, acabam não recebendo os recursos necessários. Portanto, é indispensável intervir sobre a questão.
Diante disso, o Poder Público deve investir em informações sobre o estigma associado às doenças mentais, por meio da destinação de verbas, a fim de oferecer tratamento qualificado, disponibilizando psicólogos, medicamentos e acompanhamento nos espaços públicos. Tal ação pode, ainda, ser divulgada na mídia de massa para que a população tome conhecimento, interferindo também, no silenciamento presente no problema. Dessa maneira, o Brasil poderá ter menos "cidadãos de papel", como defendeu Dimenstein.