"É impressão minha ou o mundo está mais louco?"
A frase bastante marcante do filme "Coringa" de 2019 nos indaga a refletir sobre a sociedade atual, onde, os transtornos mentais caracterizam a fase adulta. Em especial, as mulheres são as mais afetadas por tais enfermidades, cerca de 30% a mais que os homens, segundo a OMS. Em decorrência disto, famílias inteiras são desestruturadas, relacionamentos se rompem e marcas profundas são deixadas no íntimo psíquico de cada indivíduo.
Na série original Netflix, "O Gambito da Rainha", a mãe da protagonista Beth apresenta fortes desequilíbrios mentais. Deste modo, é abandonada por seu marido e deixada sozinha com sua filha. Alimentando vícios, a personagem se afunda em complexas emoções e resolve dar fim a sua vida, tornando Beth orfã. Uma prova que transtornos mentais não tratados como problemas sérios a serem solucionados se tornam ainda mais devastadores é o caso de Emily Rose, uma americana que supostamente sofria de esquizofrenia e fora tratada por meios religiosos a qual designavam-na como "endemoniada".
Outra trama a ser analisada é "Cisne Negro", o retrato perturbador da "perfeição inalcançável", o caminho doentil que nós mesmos escolhemos trilhar para se encaixar em algum padrão social ou mesmo papel dramatúrgico.
A maneira mais concreta para amenizar as cicatrizes da sociedade seria a reeducação de conceitos repassados a nós. Investimentos nacionais de governo para o acompanhamento gradual de famílias, empresas e escolas, conscientizando à terapia experimental coletiva. Assim como projetos municipais de encaminhamento psicológico. A psquiatria brasileira evoluiu muito diante dos seus tratamentos brutais de séculos passados.