De acordo com a Organização Mundial da saúde, o Brasil é o segundo país com maior número de depressivos do mundo, e mesmo estando nessa posição esse é um assunto ainda desconfortável para muitos, na sua grande maioria jovens, os esteriótipos e o bullying que pessoas com algum distúrbio ou doença mental enfrentam contribuem para que a abordagem deste tema seja pouco discutido, por mais que nos últimos anos esteja ganhando bastante visibilidade, porém ainda diversas vezes é levado como brincadeira, e também "drama" ou forma de "chamar atenção".
A música "Preciso conversar" do cantor Hiosaki retrata muitíssimo bem a maneira com que depressivos tem sim, vontade de conversar com alguém, mas sentem que sempre incomodam com seus problemas e por essa razão acabam mentindo dizendo estar bem, mesmo estando por dentro corroídos e dilacerados pela dor e sofrimento, não compartilham o que sentem e nem desabafam por medo de serem julgados ou ouvir que estão fazendo "tempestade em copo-d'água", sentir que não conseguem fazer nada correto, faz com que afundem a si mesmos profundamente em um poço do qual é extremamente difícil sair.
Apesar de que em nosso País exista o SUS, que disponibiliza consultas a psiquiatras e psicólogos de forma gratuita, a quantidade de profissionais é absurdamente menor do que a de pacientes, fazendo com que assim demore meses ou até anos para que uma pessoa seja atendida adequadamente, cidadãos com a condição financeira elevada além da média são capazes de pagar atendimento particular, já periféricos, desempregados etc, que consistem marjoritariamente a população são obrigados a esperar até que lhes seja consedida a tão esperada vaga pelo sistema público.
Diante dessa realidade seria de grande ajuda se o governo disponibilizasse materiais de conscientização através de panfletos, matérias e debates a população, fazendo com que as pessoas entendam o que são problemas psicológicos e mentais, como devem ser tratados e também de que forma identificar alguém perto de você que possa estar demonstrando sintomas de tais doenças, as escolas do mesmo modo poderiam estar abrangendo com frequência o assunto e quebrando esse tabu que infelizmente ainda existe, deste jeito os habitantes brasileiros estariam um passo mais perto de descer posições nesse ranking nem um pouco desejável em que nos encontramos.