De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 300 milhões de pessoas vivem com depressão em todo o mundo. Esse dado revela uma preocupante realidade mundial a respeito de doenças mentais. Por isso, medidas responsáveis por modificar efetivamente esse lamentável cenário são cabíveis.

Em primeiro lugar, é necessário analisar os diferentes motivos que levam a esse quadro. Nesse contexto, é importante ressaltar que, ao longo dos séculos, portadores de doenças mentais sofreram muito preconceito. Isso pode ser afirmado, pois, no século XX, essas pessoas eram vistas como loucas e incapazes de conviver em sociedade por oferecerem risco a integridade física de quem estava ao redor. Dessa maneira, pessoas com transtornos eram retiradas do convívio social e enviadas a manicômios, onde passavam por diversos tratamentos agressivos, como, por exemplo, tratamentos com altas cargas elétricas. A partir disso, nota-se que esse quadro preconceituoso reflete até os dias atuais na sociedade brasileira, visto que parte da população ainda se nega a realizar os eficazes tratamentos contra as doenças mentais. Isso ocorre graças a manutenção do antigo pensamento e devido a falta de informação.

Em segundo lugar, é importante considerar que o estigma atrelado aos transtornos mentais geram graves consequências. Isso pode ser afirmado, pois ao não realizarem os tratamentos, como a terapia e o uso de medicamentos, a pessoa passa a ter sua qualidade de vida reduzida, visto que se sente triste, desanimada etc. Dessa forma, há o costume de si isolar da sociedade, ficando apenas em casa. Dessa maneira, as constantes faltas ao trabalho pode levar a demissão. Esse fato gera o aumento no número de desempregados no país e diminuição no recolhimento de impostos pelo governo. A partir disso, os investimentos em saúde, educação e segurança são diminuídos, prejudicando toda a sociedade. Atrelado a isso, os portadores de doenças mentais podem chegar a situações extremas. Isso pode ser afirmado, pois ao não conseguir lidar com os problemas, não obter apoio e ser vítima de preconceito, o cidadão pode ver o suicídio como única alternativa para por fim ao sofrimento.

Portanto, ações cujo objetivo seja conquistar uma mudança cultural são cabíveis. Para isso, a escola deve conscientizar os alunos a respeito de saúde mental. Isso pode ser feito por meio de palestras com profissionais de saúde como, por exemplo, médicos e psicólogos que levem informação de qualidade sobre doenças mentais e os tratamentos. Essa medida tem a finalidade de acabar com os estigmas associados aos transtornos mentais.