É notório que, as doenças mentais não são um novo problema, pois um exemplo disso seria a ansiedade, que passou a ser estudada com cautela a partir do século XIX, visto que nesse período várias pessoas passaram a sentir os mesmos sintomas e sentimentos, ou seja, houve a confirmação do diagnóstico de ansiedade. Ademais, a partir desse século ela passou a crescer, alcançando uma expansão territorial que tem causado conflitos e perturbações na mente humana. Nesse sentido, convém analisar as causas, as consequências e uma possível solução para esse impasse recorrente.

A priori, vale mencionar que o "tudo rápido" acaba deixando os indivíduos mais nervosos, tensos e ansiosos, dado que numa sociedade a qual as comidas são rápidas, amizades se dissolvem rapidamente e relacionamentos duram pouco, os seres humanos almejam tudo novamente (no agora), todavia quando essas coisas demoram acaba surgindo a impaciência, que provoca o estresse, a tensão, a raiva e isso prejudica o organismo e precipuamente o cérebro, que passa a receber muita carga negativa, pois como declarou o famoso Zygmunt Bauman em Modernidade Líquida: "Vivemos em tempos líquidos, nada foi feito para durar", porém o ser humano almeja que dure e cria uma expectativa que se toma frustração, afetando a si mesmo. Além disso, é oferecida a possibilidade da ingestão de remédios para melhorar essa situação, porém alguns acabam ingerindo sem ter uma consulta médica, ocorrendo a hipocondria que pode tornar a pessoa dependente, mais ansiosa ou até provocar o próprio suicídio.

Diante disso, no filme "Antes que eu vá" demonstra a vida de uma pessoa com depressão e complexo de inferioridade (a personagem Juliet), que é rejeitada na escola e tem dificuldade em manter uma interação social, ela tem várias cicatrizes marcadas pelo preconceito e no final comete suicídio, o que infelizmente tem sido uma das causas de morte mais frequentes na contemporaneidade. Além do mais, na série "Lei e Ordem: Unidade de Vítimas Especiais" é exposto de diversas formas o estado de uma mulher após um trauma (estupro/abuso/agressão), ela começa a expressar ansiedade, depressão e fobia social, impossibilitando-a de conseguir manter uma harmonia pessoal na sociedade, já que essas doenças mentais afetam um transmissor no cérebro que é responsável pela interação social, sendo necessário fazer um tratamento para alcançar temperança. Convém lembrar, que o estigma ligado às doenças mentais tem sido algo que interrompe o ser humano em suas relações exteriores e interiores, pois como disse a cineasta e atriz Angelina Jolie: "Não podemos ignorar e fingir que não há milhões de pessoas sofrendo no mundo", visto que isso não é apenas um problema brasileiro, é global e que está atingindo a todas as classes sociais.

Destarte, é mister que o Ministério da Saúde tome providências, então urge que juntamente ao Estado efetuem a criação de um aplicativo chamado: "Desabafe aqui", que poderá ter o remetente anônimo e poderá ser usado 24 horas por dia com profissionais da saúde especializados em psicologia e psiquiatria, que ajudarão gratuitamente cada pessoa e também disponibilizar esses profissionais em postos de saúde para ocorrer encontro físico ou virtual. Somente assim, o impasse terá desfecho e o mundo evoluirá pacificamente como democracia.