Pandemia Depressiva

É comum que pessoas relacionem doenças mentais a “frescura”, mas a realidade é o oposto disso. Em 2017 a OMS (Organização Mundial da Saúde) relatou que 322 milhões de pessoas vivem com depressão em todo o mundo. É uma taxa alta que vêm crescendo nos últimos anos. Os governos vêm tentando aparar a todos que precisam de ajuda, com centros de tratamento, informes publicitários e instituições de apoio, como o Centro de Valorização a Vida (CVV). Entretanto, são diversos os julgamentos que doentes mentais sofrem, acarretando assim ainda mais dor e vergonha a suas vidas.

A depressão, forma mais relacionada a doença mental, é retratada na série 13 Reasons Why, juntamente com outro tema polêmico, o suicídio. A série evidencia os inúmeros julgamentos e críticas que levou a personagem a se matar. Isso reflete o poder que as palavras possuem na vida das pessoas, que nossas atitudes podem levar uma pessoa a depressão, e a cometer um ato que “acabe” com sua dor.

A pandemia causada pela Covid-19, que assolou o mundo em 2020 e ainda continua a fazer vítimas, fez os debates acerca da depressão se acentuarem. Com o lockdown imposto em diversos países, as pessoas passaram a se ver “trancadas em casa”, longes do mundo externo. Consequentemente a depressão entrou na vida desses indivíduos, tornando-se notório ao mundo a importância de ações “antidepressivas”.

As doenças mentais existem e uma “pandemia depressiva” vem crescendo nos últimos anos de forma silenciosa. Zygmunt Bauman diz que “não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação a elas”. Enquanto não houver uma reação por parte da sociedade como um todo, essa pandemia continuará a se alastrar e a ceifar vidas, deixando cicatrizes por onde passar.