Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante da desigualdade no Brasil. De acordo com o geógrafo Milton Santos em seu livro "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social, em sua totalidade, são homogeneamente desfrutados. Todavia, no contexto hodierno, a passividade do Estado distancia as regiões de baixa concentração de renda dos direitos constitucionalmente garantidos à medida que limitam o acesso a serviços básicos de energia elétrica, água e esgoto, coleta de lixo e a entrega de um ensino educacional de qualidade. Dessa forma enquanto a máquina pública negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados de forma sistemática.
Ressalta-se, ademais, que a omissão da sociedade frente as disparidades expressivas entre as regiões brasileiras potencializam esse cenário. Nesse viés, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente 63% dos estados brasileiros, englobando exclusivamente as regiões Norte e Nordeste, apresentam as menores rendas domiciliares per capita, em contrapartida, 37% das unidades com maior rendimento, são as que compõem Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Diante do exposto, seguindo a lógica de Karl Marx em "Silenciamento dos discursos", alguns temas são omitidos pela sociedade, a fim de se ocultar as mazelas sociais. Em decorrência disso, apesar dos dados citados pelo instituto, a inobservância e a ausência de reinvindicações acerca da desigualdade regional, gera desinteresse público e acarreta na não solução do imbróglio.
Diante do exposto, denota- se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social- a implementação de políticas de redistribuição de renda, mediante de programas de assistencialismo para os membros da sociedade que são mais necessitados. Tal ação terá como finalidade a criação de serviços financeiros, como contas bancárias e microcrédito, que possam ajudar as pessoas a saírem da pobreza e construírem um futuro financeiramente estável. Assim, à retornar a perspectiva de Graciliano em sua obra, será possível mitigar o sentimento de angústia por um país desigual.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada