A Constituição Federal de 1988 prevê em seu artigo 5 que todos são iguais sem distinção de qualquer natureza. Entretanto, na atual conjuntura brasileira percebe-se a inviabilização desse direito frente ao crescimento do preconceito linguístico no Brasil. Sob esse viés, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa situação que tem por causa a negligência governamental e a irracionalidade da população.

Diante desse cenário, vale ressaltar como o débil poder da máquina pública contribui com o crescimento do problema. Segundo a filósofa Simone de Beauvoir "o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles." A afirmação da mesma poder ser facilmente relacionada com a falta de ações de conscientização do poder público sobre a importância das variações linguísticas e "sotaques" de cada estado. Diante disso, mazelas são geradas como a desvalorização do legado linguístico e da origem dessas pessoas.

Ademais, é necessário apontar a ignorância da sociedade um dos fatores que perpetuam o óbice. De acordo com Símon Bolívar "um povo ignorante é agente da sua própria destruição." A falta de conhecimento destrói a sociedade, e muitos não compreendem o preconceito enraizado em relação aos indivíduos que possuem linguagem característica de alguma região específica do país. Consequentemente, levando muitos a cometerem o crime de xenofobia sem perceber.

Portanto, é mister que o Ministério da Educação (MEC) introduza nas escolas brasileiras o ensino aprofundado sobre a cultura e o legado linguístico de cada estado, isso pode ser feito por meio de programas sociais interativos e palestras a respeito da importância da variação linguística de cada um, de modo que a ignorância seja dissipada logo no início. Tal ação tem por finalidade remediar não somente a Negligência governamental como também a irracionalidade da população o que irá finalmente efetivar o artigo 5 da Constituição Cidadã.