A busca pela formação de uma família muitas vezes é interrompida pela falta de um parceiro ou problemas de saúde. Contudo, a adoção seria uma ótima alternativa para solucionar esse problema e também é a perfeita solução para as crianças que vivem em abrigos e lares provisórios e anseiam por um lar. Esse desejo recíproco de formar uma família muitas vezes é adiado ou interrompido devido à demora no processo adotivo e aos pré-requisitos das pessoas que querem adotar.
Primeiramente, a demora no processo pode começar pelo preenchimento do cadastro da Vara da Infância e Juventude que requisita diversas informações e documentos a fim de escolher as famílias que estão aptas para receber um filho ou filha adotivos. Além disso, mesmo as famílias que já possuem autorização do governo e fazem parte do cadastro nacional, relatam o longo prazo de espera, que pode durar anos, já que segue uma ordem cronológica de classificação.
Ademias, marcas históricas como o racismo permanecem presentes na sociedade. Uma pesquisa revelou que mais de 25% dos pais adotivos só aceitam crianças brancas em suas famílias. A idade das crianças também é um problema sendo que a maioria dos cadastrados deseja recém-nascidos ou menores de um ano. Além disso, a questão de preferências de gênero entra como pré-requisito em diversas famílias.
Em vista dos fatos expostos fica evidente que o processo adotivo no Brasil permanece cercado de desafios. Por isso, é de extrema importância que o governo crie programas que incentivem a adoção sem restrições de idade, gênero, ou raça, além de agilizar os processos para que os mesmos não demorem anos para serem aprovados. Colocando essas atividades em prática, o desejo recíproco de fazer parte de uma nova família de pais e filhos poderá se tornar realidade.