O artigo 225 da Constituição Federal diz que todo cidadão tem direito ao meio ambiente ecologicamente e ambientalmente equilibrado. Visto as práticas que impedem o combate ao comércio de animais silvestres, pode-se destacar os eventos de entretenimento com aves silvestres e o desequilíbrio ambiental provocado pela ameaça de extinção de espécies.
Convém ressaltar, de princípio que as aves canoras são grandes vítimas de comercialização. Devido a beleza de seus cantos, são frequentemente exploradas. O canário, ave da fauna brasileira é alvo de eventos para entretenimento humano que propõem competições entre as espécies canoras, eventos que por sua vez são freguesia do comércio. A frase “pássaro preso em gaiola não canta, lamenta” citada pelo grupo musical 1Kilo, pode ser interpretada de forma literal, assim é possível analisar como a comercialização é voltada para o entretenimento humano e infelicidade dos animais submetidos a gaiolas e possíveis maus tratos.
Ressalta-se, ademais, outra espécie de ave muito requisitada pelo comércio, a arara azul. Esta ave originária do Brasil tem como habitat para reprodução a árvore Manduvi, presente na flora do Pantanal. No filme “Rio”, o protagonista Blue é uma arara azul que nasce em uma árvore semelhante a Manduvi, o longa metragem também representa a comercialização de espécies silvestres. A retirada destes animais do Pantanal desestabiliza a relação interespecífica entre a fauna e a flora, que dependem uma da outra para sobreviver. Consequentemente a comercialização desequilibra o ecossistema, o meio ambiente e a qualidade de vida.
Diante desse cenário é imperiosa uma ação do Ibama, que deve, por meio de leis e fiscalização, promover a proibição de uso de animais em eventos de entretenimento e proteção da espécie arara azul. Essa iniciativa propõe o fim da comercialização de animais silvestres e exploração para outros fins.