Segundo a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, houve um aumento de 35% nas denúncias de violência contra a mulher em abril de 2020 ao comparar com os números da mesma época no ano passado, e não para por aí: De acordo com um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 16 milhões de brasileiras com mais de 16 anos sofreram algum tipo de violência no país, e a maioria foi dentro de casa. No atual cenário de pandemia muitas dessas vítimas permanecem com o agressor por tempo integral, dependendo de vizinhos para fazer denúncias que, muitas vezes, devido ao burocratizado e corrompido sistema de segurança pública nacional, não dão em nada e podem inclusive deixar o agressor com raiva de sua companheira, levando-o muitas vezes a assassiná-la em momento de raiva.
Embora o feminicídio seja considerado hediondo pela lei brasileira 13.104, ainda é rotineiro encontrar facilmente casos e mais casos nos noticiários, jornais e até no dia a dia, muitos sem resolução. Geralmente o feminicídio ocorre porque a vítima, intimidada, não denuncia o agressor, que se vê livre para terminar o que começou. Além do medo, há também o constrangimento que muitas mulheres sofrem ao falar abertamente sobre o caso e/ou recorrer à Justiça, como é o caso da blogueira Mariana Ferrer, que foi brutalmente humilhada pelo advogado do réu durante a audiência gerada após Mariana ter denunciado André de Camargo Aranha de tê-la estuprado. Mesmo havendo provas, o empresário foi julgado por “estupro culposo”, crime que obviamente não existe, já que é impossível cometer estupro sem intenção de estuprar.
Para evitar ou pelo menos reduzir casos como o de Mariana Ferrer e também a ocorrência da violência doméstica durante o período de pandemia e pós-pandemia é imprescindível que prefeituras de todas as cidades aumentem o número de Delegacias da Mulher que não somente existam, mas que promovam rondas e visitas esporádicas em todas as localidades de maior incidência e desconfiança de vizinhos. Além disso, é preciso começar a educação anti-violência contra a mulher nas escolas, desde as creches, evitando assim que os meninos de hoje se tornem os homens invisíveis de amanhã.
(A redação é relativamente antiga, a redigi em 2020 quando o caso Mariana Ferrer estava em alta)
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada