No filme “O Diabo veste Prada”, é narrada a história de Andy, um jovem recém-formada que começa a trabalhar como assistente da diretora de uma conceituada revista de moda e a sofrer constantes humilhações praticadas por sua chefe. Infelizmente, essas situações não se resumem às telas, sendo a realidade de diversos brasileiros que enfrentam o assédio moral nos seus ambientes de trabalho. Tal conjetura se deve ao poder diretivo em que os patrões exercem um papel de superioridade perante os seus funcionários.

O poder diretivo é atribuído ao empregador, tendo este o direito de determinar as atividades exercidas pelo empregado. Entretanto, no Brasil, em diversas circunstâncias esse poder é empregado com o intuito de impor as vontades do chefe, tornando-se abusivo e provocando a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras.

O assédio moral acarreta consequências psíquicas e profissionais para o assediado. As constantes humilhações e o tratamento perverso desencadeiam sentimentos como o medo e a angústia os quais propiciam a adquirição de transtornos psicológicos. Ademais, provocam dúvidas as vítimas acerca das suas capacidades profissionais. Além de negar aos funcionários a dignidade da pessoa humana, o qual é obrigação do Estado conforme a Constituição Federal.

Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério Público do Trabalho deve propor a criação de leis mais severas para punir os agressores, através de um projeto de lei entregue à Câmara dos Deputados. Além de, em conjunto ao Ministério da Saúde, oferecer acompanhamento psicológico para as vítimas. Espera-se, com essas ações, erradicar os casos de assédio moral e promover ambientes de trabalho seguros para os trabalhadores.