Em paralelo ao livro "Fahrenheit 451", de Ray Bradbury, que apresenta uma sociedade distópica, na qual as obras literárias existentes, a mandato do governo, eram obrigatoriamente queimadas por bombeiros, com o objetivo de limitar o conhecimento e pensamento crítico da população. Assim como na distopia, o acesso à informação, no mundo contemporâneo, pode ser facilmente manipulada, através de ferramentas que o meio digital proporciona.
Após o surgimento da internet, durante a Guerra Fria, com os efeitos do fenômeno da globalização, resultam na expansão dessa tecnologia. A partir de então, tornou-se o principal mecanismo de comunicação, e acesso à notícia. Contudo, não se restringe a benefícios, o consumidor do meio é exposto à coleta de informações privadas, para que então seja ofertado, com o que possa vir a ser atraente a atenção do indivíduo. Sendo assim, o internauta é instigado a consumir aquilo que é apresentado, havendo uma falsa ideia de controle sobre suas ações e pontos de vista.
É problemático a possibilidade da manipulação de dados e notícias, pelos governos, através destes recursos. Restringir ou filtrar informações da população, é importuno ao conceito de individualidade e há de ser considerado como um crime de estado, afinal é de direito do indivíduo ter acesso aos acontecimentos de maneira completa e formar opiniões baseadas em seu próprio senso crítico, diferente de ser convencido do que acredita, como em referência, houve no período da Ditadura Militar, ainda que sem o uso da internet.
Portanto, é necessário a vigilância especializada pelas redes sociais e meios de comunicação, quanto ao uso de dados por parte de empresas privadas e poderes governamentais. Os proprietários desses meios "Internauticos" devem se responsabilizar pelas ações prejudiciais a privacidade do indivíduo, sendo assim, é de obrigação tornar a segurança dos dados mais eficientes. E é de importância que aqueles que ainda assim, tiverem êxito em burlar as medidas protetivas, sejam penitenciados. A internet não pode ser um meio sem regras e a individualidade do pensamento é necessária.