A música "Ultraviolence", da artista estadunidense Lana Del Rey, retrata o relacionamento real vivido por Jim Morrinson e Pamela Courson, marcado por traições e abusos, que aconteciam principalmente quando ele estava alcoolizado. Um dos trechos da canção diz: "Ele me bateu, mas senti como amor verdadeiro/Jim me ensinou que/Amá-lo nunca seria suficiente". A partir desses versos, compreende-se que na esfera dos relacionamentos doentios a violência é confundida com o amor, além de ciúmes e possessividade serem entendidos como um sinal de proteção. Um dos motivos para que isso ocorra pode estar associado ao tratamento em que os pais dão aos seus filhos, visto que a sociedade naturaliza a violência física e psicológica como forma de educar. Quando uma criança é agredida, ela aprende que a violência é o caminho para solucionar problemas, além de entender que o amor se expressa dessa maneira. Uma criança que sofre abusos não deixa de amar os pais, mas deixa de amar si mesma, e assim, acaba adotando comportamentos violentos ou se tornando vulnerável à agressões.
Nas últimas décadas, a violência de gênero vem sendo amplamente discutida, e com isso houve a sanção da Lei Maria da Penha. O decreto é muito bem fundamentado e completo, entretanto as falhas em sua aplicação, decorrente da falta de preparo do poder público, acarretam em uma subnotificação dos casos. O Brasil é um país violento com uma legislação extremamente benéfica aos criminosos, e isso se reflete em todos os setores sociais. Segundo o Instituto Sou da Paz, cerca de 70% dos homicídios não foram solucionados em 2017, e apesar do feminicídio se configurar como uma categoria específica de assassinato, esse dado reflete a cultura da impunidade que impera no país.
Em vista dos argumentos apresentados, percebe-se como a brutalidade enraizada na sociedade brasileira se ramifica na violência de gênero. Portanto, ações mais efetivas precisam ser tomadas no combate à opressão contra a mulher, principalmente no que tange à Lei Maria da Penha. O Governo Federal deve adotar uma série de medidas: construir abrigos e oferecer apoio financeiro às vítimas; incentivar aulas de defesa pessoal; investigar se o agressor tem posse ou porte de arma de fogo, realizando a apreensão imediata do objeto; e quebrar o sigilo da imagem do agressor. Outra medida cabível seria a divulgação de campanhas informativas por meio do Ministério da Educação e Cultura, levantando as questões de gênero nos debates públicos e nas instituições de ensino, afinal, educar é o melhor caminho para combater as injustiças.
Demonstrar domínio da norma da língua escrita.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada
Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Sua nota nessa competência foi: Redação ainda não pontuada