(foi solicitado de que a redação respondesse três perguntas: "As penas no Brasil são muito brandas?", "A impunidade é um problema no sistema judicial brasileiro?" e "Até que ponto penas alternativas são justas?")


Não é incomum ver, no Brasil, pessoas se aproveitando do falho sistema punitivo. Nos casos mais leves desses “deslizes”, os criminosos conseguem ter redução em sua pena, nos mais graves, não chegam nem ao menos a receber uma punição propriamente dita, sem contar com o fato de que, muitas vezes, um preso perigoso acaba ganhando a mesma sentença que um indivíduo mais inofensivo.
Segundo um levantamento do G1 em 2020, existem 338 presidiários por 100 mil habitantes, colocando o país em vigésimo sexto lugar em escala mundial, e, contando os presos provisórios que são cerca de 212 mil, o Brasil cai para o centésimo lugar. É apontado também um dos maiores problemas: existe uma capacidade de 423 mil pessoas e cerca de 710 mil presos, para isso, no entanto, uma das soluções seria a utilização das penas alternativas. Não existe uma fiscalização correta nos criminosos que recebem esse tipo de penalização, o que era para ser algo para indivíduos com delitos leves, acaba sendo algo viável a qualquer um e, muitas vezes, não se é nem acompanhado o cumprimento dessas penas, como a de Limitação de Fim de Semana, por exemplo.
As reais soluções seriam o fortalecimento das leis -- a certeza de que o criminoso vai pagar sua sentença, tal como de que vai receber uma pena justa --, um aumento significativo da fiscalização nas punições alternativas assim como em prisões, onde existe, por exemplo, alto abuso de poder policial, formação de gangues, agressões e muitos outros problemas que acabam fazendo com que os presos saiam piores do que quando entraram.