No ápice da Idade Média, o modelo penal de repressão era baseado em tortura desregrada. O Brasil possui hoje 338 encarcerados a cada 100 mil habitantes em um método punitivo frágil, visto que, o sistema carcerário encontra-se em situações precárias.
É notório que a maioria da população privada da liberdade é negra, pobre e analfabeta. Marginalizados e segregados, 41,5% dos encarcerados não possuem pena definitiva concedida pelo judiciário, esse necessita desafogar os pedidos, garantindo assim a uniformização da justiça.
Apesar do sistema carcerário ser uma resposta vista como eficaz na maioria dos países, no Brasil é uma estratégia com deficiências que compromete os Direitos Humanos da população. A Constituição federal de 1988 assegura que o meio punitivo possua um tratamento que respeite a vida humana, independentemente da raça, gênero e classe social. Esse modelo penal apresenta deficiências como insalubridade superlotação das celas proliferação de doenças.
Com o objetivo de minimizar a precariedade do sistema punitivo brasileiro cabe ao legislativo encaminhar a proposta de uma estratégia penal de educação do cidadão com bases morais para um futuro exercício da cidadania. Somente assim, ocorrerá um sistema punitivo que contemple o indivíduo e o ampare para voltar a desfrutar de sua liberdade de maneira consciente.