Durante a colonização do Brasil, a população vulnerável não possuia direitos básicos e necessários para viver em sociedade. De maneira análoga a isso, temos a falta de emissões do registro civil para uma numerosa parte do povo brasileiro. Nesse prisma destacam-se dois aspectos importantes: a inexistência da certidão de nascimento é prejudicial para a convivência de um cidadão no meio social, e as pessoas mais prejudicadas por essa problemática estão em condições de extrema pobreza.
Em primeira análise, segundo uma pesquisa feita pelo IBGE em 2015, aproximadamente 3 milhões de brasileiros não possuem o registro de nascimento. Dessa forma, podemos ver que uma parte considerável da população sofre com a falta de direitos indispensáveis, pois somente com o registro é possível conseguir outros documentos.
Além disso, é notória a desigualdade que é causada pela falta de uma certidão de nascimento, pois os cidadãos mais prejudicados por esse problema são pretos e/ou pobres. Desse modo, de acordo com o artigo 5 da Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante a lei. Consoante a isso, podemos notar que a invisibilidade causada pelo problema citado impede o funcionamento correto da Constituição.
Depreende-se, portanto, a adoção de medidas que venham garantir o acesso à cidadania no Brasil. Dessa maneira, cabe ao governo federal junto ao Ministério da Educação e aos meios midiáticos, promover a conscientização por meio de campanhas nas escolas e nos meios de comunicação, a fim de diminuir o número de pessoas que não possuem o registro de nascimento. Somente assim, é possível evitar que os brasileiros sejam invisíveis socialmente e tenham seus direitos negados, assim como aconteceu no Brasil Colônia.