A Constituição de 1988 é a lei básica brasileira que visa garantir o direito de uma vida digna. Porém, tal legislação não está sendo o suficiente para combater a intolerância religiosa no Brasil. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema, que se enraíza no silenciamento e na má influência midiática.

Dessa forma, em primeira análise, a falta de discussão é um desafio presente na questão. A escritora Nadejda, acredita que o silêncio é o verdadeiro crime contra a humanidade. Esse crime está instaurado na intolerância religiosa no Brasil, visto que a falta de debate sobre o tema impede que ações de remediação - como a implementação de projetos educacionais e a criação de políticas nacionais - sejam criadas, perpetuando o caso. Assim, é urgente tirar a situação da intolerância.

Ademais, outra causa para a configuração do problema é a má influência midiática. Segundo Pierre Bourdieu, "o que foi criado para ser instrumento de democracia não deve ser convertido em mecanismo de opressão". Sob essa lógica, se há um problema social, há como base uma fraqueza midiática. No que tange a intolerância religiosa no Brasil, verifica-se uma forte influência dessa causa, uma vez que a mídia não cumpre com seu papel no sentido de reverter o problema, visto que não trazido esses conteúdos nas redes sociais.

Portanto, uma intervenção faz-se necessária. Para isso, a mídia de massa deve criar um programa, por meio de entrevistas com especialistas no assunto, com o propósito de atualizar a mentalidade social sobre a intolerância religiosa no Brasil. Tal ação pode, ainda, ser divulgada por grandes perfis das redes sociais para atingir mais pessoas. Paralelamente, é preciso intervir sobre a má influência midiática presente no problema.