A Internet foi criada durante a Guerra Fria para proteger informações do governo americano. Porém, tal ferramenta era gozada exclusivamente pelos militares que representavam uma pequena parcela dos estadunidenses. Certamente, a má qualidade das provedoras de internet brasileiras e a quantidade elevada de impostos nos dispositivos eletrônicos, permitem com que o Brasil desfrute de uma situação semelhante, visto que milhares de brasileiros não acompanham a 'digitalização' global.
Em primeira óptica, vale salientar que a maioria das fornecedoras de internet entregam menos megabytes em comparação com a quantidade oferecida no plano adquirido pelo cliente. Segundo a ONU - Organização das Nações Unidas - o acesso á internet é um direito humano universal., entretanto, tal regalia é ineficaz no Brasil. Evidentemente, como prova disso, várias famílias ficam sem acesso á web, devido ao sinal precário que tal empresa presta, o que favorece o crescimento da exclusão digital e decrescimento da inclusão digital.
Outrossim, é perceptível o crescimento dos preços nos aparelhos eletrônicos causados pelos impostos excessivos. Segundo Augusto Comte, filósofo positivista, o Estado é responsável pelo progresso da sociedade. Nessa perspectiva o governo brasileiro está contraindo as ideias de Comte, visto sua irresponsabilidade com os impostos e com a população, dificultando a vinculação do indivíduo com a modernidade virtual.
Portanto, é dever do Estado priorizar a inclusão digital incluindo-a como um dos objetivos primordiais das Diretrizes Econômicas, a fim de promover o acesso á internet, em especial, ás regiões interioranas. Além disso, cabe ao Ministério das Ciências e Tecnologias, a criação de uma ouvidoria, destinada á denúncias de provedores de serviço internet, com a finalidade de erradicar os golpes e as propagandas enganosas realizada pelos mesmos. Assim, quem sabe o acesso ao mundo digital no Brasil, desassemelhe ás limitações dos Estados Unidos há 70 anos atrás.