O líder religioso Buda afirmava que o segredo da saúde mental e corporal está em não se preocupar com o passado e nem o futuro, mas viver o presente sabiamente. Analisando o pensamento e relacionando-o à realidade dos brasileiros na atual pandemia da Covid-19, há uma contrariedade, visto que durante o isolamento social diversos aspectos como biológicos, psicológicos e econômicos impactam na rotina desses indivíduos.
Em primeiro plano, vale ressaltar que a incerteza e até o momento presente não há confirmação de uma vacina que seja eficiente contra o vírus e o isolamento social faz com que a rotina dessas pessoas sejam diferentes e mais intensas, visto que a maior parte da população não sabe lidar com essas mudanças, havendo um acréscimo de pessoas com ansiedade e depressão. Segundo pesquisas realizadas pelo professor Filgueiras do LaNCE (Laboratório de Neuropsicologia cognitiva e Esportiva), no mês de março a junho, as ocorrências de ansiedade e depressão apresentaram aumento de 80%.
Em segundo plano, os aspectos econômicos impacta diretamente na vida dos brasileiros, visto que, com o isolamento social, houve um aumento na taxa de desemprego. Na quarta semana de julho, a taxa de desocupação chegou a 13,7%, o que corresponde a 12,9 milhões de pessoas, dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Logo, fica evidente que essas pessoas ficam prejudicadas, sem trabalho e meios para conseguir uma renda para se manter durante o isolamento.
Infere-se, portanto, que esses aspectos abordados impactam biopsicosocialmente no brasileiro durante o isolamento social. Para tanto, cabe ao Ministério da Saúde inovar e investir nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), através das verbas direcionadas ao órgão, com intuito do programa se adaptar ao momento presente, e ao Ministério da Economia ampliar o programa do Auxilio Emergencial, através de atualizações e verificações dos cadastros, com o intuito de ajudar mais pessoas que necessitam dessa renda. A partir desses atos, espera-se , enfim, saber viver sabiamente o presente, com saúde mental e corporal, como afirmava Buda.