No século XXI, existe uma grande dificuldade em conviver com quem é diferente de forma social, já que segundo a teoria da seleção natural que foi uma proposta de Charles Darwin, os humanos são feitos de processos da evolução. Porém, ainda que todos nós sejamos de uma única espécie há diversas diferenças que nos permeiam. O preconceito existente no mundo atual se dá ao fato de que existe uma grande falta de informação e uma intolerância sexual presente na nossa sociedade.

Em primeira perspectiva, devemos salientar que, segundo o Artigo 1° da Declaração dos Direitos Humanos, "todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direito". Logo, visto que a constituição garante liberdade de escolha de todos os indivíduos o correto seria aceitar a decisão de cada um, sem julgamentos, o que não acontece devido ao comportamento da sociedade. Segundo Émile Durkheim, os fatos sociais moldam a maneira de agir das pessoas pela influência que eles exercem sobre elas. Pode-se dizer que os fatos sociais são um conjunto de hábitos praticados pelas pessoas, por meio de suas ações, que permitem a identificação de uma consciência coletiva, a qual age por trás dos indivíduos, influênciando as suas ações de alguma maneira.

Em segunda análise, o preconceito presente no fator social e na cultura, notoriamente se dá ao fato de que a educação básica das escolas não reforçam temas como este em seus debates. Indubitavelmente, a série americana Love Simon, traz para o público como esse julgamento está presente principalmente nas escolas. Ademais, este dado preconceito acaba gerando violência, um fator que contribuem diretamente para isto é que, segundo jornal Internacional um levantamento do Mapa Mundi, possuímos 70 países onde ser gay ou lésbica é ilegal e que pode ser punido com a morte. No Brasil, de acordo com GGB, um homossexual é morto a cada 20 horas no país por conta da homofóbia – sendo assassinatos e suicídios – e cerca de 70% dos casos saem impunes. A falta de proteção, com leis falhas e rasas, dificulta muito a luta dos direitos que, por lei, é concedido a todos. A violência nunca será o caminho, como dizia o filósofo e historiador Beneditto Croce, "a violência não é a força, mas a fraqueza, nem nunca poderá ser criadora de coisa alguma, apenas destruidora".

Em face do exposto, cabe o Ministério da Educação incorporar debates sobre dado assunto na grade curricular de seus alunos, por meio de palestras, aulas, passeios e dinâmicas. Com intuito de quebrar o grande tabu preso na sociedade opressora, mudando em princípio a visão dos jovens, o futuro da sociedade, para que assim, de uma vez por todas a homossexualidade seja aceita diante os olhos da população. Como dizia o sociólogo Émile Durkheim, "o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são as suas origens e as condições de que depende".