Hodiernamente, a superproteção e a ausência de admissão gerando a supressão da independência financeira de adolescentes e adultos, são dois fatores que vem contribuindo para a geração canguru. Embora a “saída de casa” seja um processo natural e independente, muitos pais tendem a preservar a educação de seus filhos de uma forma inflexível.
Nessa perspectiva, compreende-se que, esse comportamento incoerente de algumas famílias, trazem riscos de desfavorecer o desenvolvimento da maturidade, da independência, dificulta a aprendizagem de suas próprias consequências, sejam elas, positivas ou negativas partindo de suas próprias ações, além de dificultar a capacidade criativa e gerar sempre uma independência emocional.
Assim como cada fase da vida tem o seu desenvolvimento, a maturidade é um deles. Da mesma forma que os filhos passam por esse processo, é necessário também, que logo de início, um casal em planejamento familiar, esteja com estabilidade emocional para que ao decorrer do tempo, saibam compreender esse processo natural.
Com isso, o apoio também é relevante, principalmente a partir da pré-adolescência até o primeiro emprego, faculdade e alguns outros fatores que levam a uma vida de responsabilidades, pois também, um dos riscos da superproteção, são dificuldades de lidar com frustrações e a apresentação de uma visão distorcida da realidade, como por exemplo, reações negativas em relação à insuficiência na escolaridade ou no ambiente de trabalho.
Do mesmo modo que a superlotação contribui para a geração canguru, o desemprego também é um fator. Dados recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que a taxa de desemprego subiu para 14,6% impossibilitando então a independência financeira.
Sendo assim, saber lidar com o desenvolvimento dos filhos buscando um equilíbrio entre a proteção e lazer, é fundamental para que cresçam aprendendo com suas próprias experiências e consigam lidar com os desafios do mundo.