A Proclamação da República datada em 1889, consolidou o caráter agroexportador como o principal pilar econômico do país. Dessa forma, foram mantidas as estruturas de até então; o povo em sua pobreza e a elite em sua exploração e abundancia. Nesse sentindo, é inegável, portanto, que um século e meio depois, as mesmas estruturas se mantém e se perpetuam. Todavia, a agricultura familiar, consolidado com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de 1984, surgiu como um apaziguador de imensurável importância para a segurança alimentar no país, além de sua importância para as mudanças climáticas, sendo um ar nos pulmões desgasto do Brasil.
Em primeiro lugar, faz-se necessário lembrar que a agricultura familiar é de suma importância para segurança alimentar e nutricional da população brasileira. Assim, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, da sigla em inglês "FAO", a agricultura familiar é responsável por assegurar 70% do consumo de alimentos em todo território nacional brasileiro. Dessa forma, sua importância é indiscutível e é imprescindível, mantê-la, cuida-la e expandi-la.
Ademais, a policultura introduzida e exercida pela agricultura familiar é de suma importância para redução de impactos ambientais. Desse modo, Paulo Fragerana, Professor e Pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), afirma que é mínima a ocorrência de uso de agrotóxicos na agricultura de policultura, indo de encontro à monocultura, de uso intensivo de agro toxinas, sendo fator contribuinte para impactos no meio ambiente.
Urge, portanto, que o Estado reforce a agricultura de familiar. Assim sendo, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), órgão responsável pela questão fundiária no Brasil, por meio de recursos financeiros estatais, amplie e disponibilize maiores créditos para obtenção de terras de cunho familiar para amplia-la. Além da mídia, forte formador de opinião, divulgue a sua importância por meio de propagandas para reforçar sua importância para toda a população. Somente assim, será possível o fortalecimento da Agricultura Familiar no país e por fim, as estruturas latifundiárias e de insegurança alimentar no país.

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